No céu, ondas de pessoas estão unidas num abraço para toda a eternidade.
Alheios ao nosso destino eterno, planeamos as nossas vidas, construímos carreiras e investimos as nossas preocupações em riqueza, saúde e no futuro imediato. Vamos também pensar um pouco no futuro que não tem fim. Vamos "olhar para a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há-de vir ", como professamos no Credo.
Dando asas à imaginação, pergunto: “Que tipo de criatura sou eu ao contemplar a Visão Beatífica?” Certamente ficarei absorto em contemplar Deus, mas não ficarei mais consciente de mim mesmo ou de outros Santos? Não consigo compreender os pretensos poderes de não estar confinado ao espaço e ao tempo. Será um momento eterno, sem fim, quando todos os Santos se juntarem num só.E como noiva de Cristo, a comunhão dos Santos é a comunhão com Ele, tornando o nosso amor por Deus, o amor perfeito de Cristo pelo Pai.
Imagino que seremos arrebatados na vida da Trindade, como indivíduos e como comunidade. Embora muito inferior ao amor de Deus, o nosso amor por cada Santo seria tão forte e unido que nos tornaria nesse Santo; através do que vivemos, passado e futuro derretidos no eterno agora. Que possamos colocar as nossas prioridades em ordem enquanto ainda estamos no ventre do mundo, e sozinhos, olhando seriamente para o nosso nascimento naquele cosmos eterno onde os Santos adoram a Deus!
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Traduzido por Helena Domingues
